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Premiado na Fampop, Fernando Cavallieri lança disco “Modernidade Líquida”

Faixa-título do quinto trabalho do cantor e compositor faz referência ao sociólogo polonês Zygmunt Bauman, morto no ano passado  

Da Redação

O cantor e compositor Fernando Cavallieri está lançando o disco “Modernidade Líquida”, seu quinto trabalho. Presença frequente em festivais musicais do país, o músico venceu a 30ª Feira Avareense da Música Popular (Fampop) com a canção “Flor do Lácio” e foi eleito o melhor letrista em outras edições do evento.

A faixa que dá nome ao CD faz referência ao sociólogo e filósofo polonês Zygmunt Bauman (1925-2017), criador do conceito “Modernidade Líquida”, utilizado para caracterizar as relações voláteis na contemporaneidade.

“É uma música que fiz nos anos 90 e se chamava “Odisseia”, cuja letra é carregada de uma sensibilidade e de uma atmosfera muito próximas do que mais tarde vim a conhecer como o termo criado por Bauman. Mas não tinha conseguido gravá-la de forma que eu considerasse a ideal, instrumentalmente falando. Quando estava no meio do processo de gravação desse novo álbum, resolvi mudar o nome da música para “Modernidade Líquida” como uma homenagem mesmo ao Bauman. Ele ainda estava vivo e acabou virando o nome do trabalho”, conta Cavallieri ao Fora de Pauta.

“Caos”

No entanto, o compositor afirma que as demais canções não estão presas ao título. “Eu penso que um trabalho conceitual, “amarrando as pontas”, seria um tanto quanto cartesiano, o que está longe, muito longe de representar o que é este CD. Aliás, ele traz no rótulo uma frase de Nietzsche que define muito bem o próprio processo de realização desse trabalho: é preciso ter um caos dentro de si para dar à luz uma estrela cintilante”, continua o compositor de Santo André. 

Flertes com questões existenciais aparecem no decorrer do álbum. “As letras de “Partícula” e “Homo Sapiens” remetem a uma certa experiência do devir, filosoficamente falando, uma resvalando para o encontro da espiritualidade com a física quântica, à luz da experiência com a Ayahuasca (bebida feita com plantas nativas da Amazônia utilizada em rituais); outra denunciando um cenário de distopia apocalíptica”, aponta Cavallieri.

O disco tem a produção musical, mixagem e a masterização de Marcus Torrada, que também tocou baixo nas 13 faixas.

“Modernidade Líquida” marca ainda a estreia de cinco novas parcerias: Gilvandro Filho (“Calendário”); Márcio Policastro (“Sol a Sol” e “Homo Sapiens”); Juca Novaes (“Cápsula do Tempo”); Sérgio Ricardo (“Consumidor de Luares”) e Paulinho Parada (“Fiz um Samba”).

Antigos parceiros de Fernando Cavallieri como Ricardo Moreira e Léo Nogueira também aparecem em “Madrigal do Passaredo” e “Cidade Aberta”, respectivamente.

O disco “Modernidade Líquida” custa R$ 25 e pode ser solicitado por meio do perfil do artista no Facebook (https://www.facebook.com/fernando.cavallieri.7?ref=br_rs).

 

 

2 thoughts on “Premiado na Fampop, Fernando Cavallieri lança disco “Modernidade Líquida”

  • Eder Menezes

    A existência humana passa pela mudança como unica certeza, assim sendo “Modernidade Liquida”, traz o transitório como a forma de existir. Parabéns jovem Fernando por trazer na arte a reflexão da vida.

    Resposta

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