Notícias

“Arredores” é o novo disco do violeiro botucatuense Osni Ribeiro

Além de composições inéditas, trabalho traz temas instrumentais e releitura de compositores botucatuenses ilustres

Da Redação

O violeiro botucatuense Osni Ribeiro acaba de lançar Arredores, seu terceiro disco-solo. Nas asas da viola caipira, o músico canta temáticas que ainda habitam o inconsciente coletivo do interiorano, entre elas o luar, o amor, a religiosidade, a natureza e a boa e velha prosa. 

Embora beba na fonte, a obra vai além do lamento sertanejo, muito comum no cancioneiro caipira. Exemplo disso é Arredores, a otimista faixa-título do álbum, que versa sobre a sensação de mudar histórias que fazem o mundo.

“Eu sonho, espero, eu posso, eu quero”, brada o caipira empoderado às voltas com reflexões existenciais. “É só buscar ao redor, coisas que a gente só encontra no fundo dos olhos de alguém que confia”, arremata o botucatuense entre percussões e ponteados de viola.  

O instrumento, aliás, é celebrado em Viola Santa. A reverência ao pinho sagrado fica evidente nos versos “é o som desta viola que silencia este meu cantar”. Diante da beleza do fraseado dessa moça, o cantador prefere só ouvir.

Não por acaso, o disco traz quatro temas instrumentais: São Pedro, Rabiola, Porto da Ribeira e Quase Folia.

Conterrâneos ilustres

Há ainda as releituras de conterrâneos ilustres que ajudaram a escrever a história da música caipira: Raul Torres e Serrinha.

Autor de Cabocla Tereza e Colcha de Retalhos, entre dezenas de outros clássicos, Torres é homenageado com a regravação de Gostei da Morena, décima faixa do disco.

De Serrinha, compositor da música Chitãozinho e Xororó, Osni toma emprestado Vou Buscar Boiada, parceria com Rosalvo Libardi.

Angelino de Oliveira, autor de Tristeza do Jeca, também é rememorado na releitura de Prece. Embora tenha nascido em Itaporanga, foi em Botucatu que Oliveira desenvolveu a maior parte da sua atividade musical.

Participações

Além da voz e viola de Osni Ribeiro, Arredores conta com a participação de músicos de peso: Antônio Porto (que já tocou com Almir Sater), Marco Bosco, Steve Neghão, Tico Villela, João Lucas, Guilherme Chiapetta, Toninho Ferragutti, José Staneck, Joãozinho Barroso, Rafael Gandolfo e Zé Cláudio Lino.

O trabalho tem ainda a participação especial dos violeiros Fabius e Jaime Alem. Já Cláudio Lacerda, Marcelo Pretto e Júlio Santin dividem os vocais com Osni nas músicas Paixão Violeira, Mais Um Rei de Cantoria e Gostei da Morena, respectivamente.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: Para reproduzir nosso conteúdo, entre em contato pelo contato@foradepauta.com