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Municípios associam baixa na Jurumirim a dano ambiental e prejuízo ao turismo regional

Lideranças de Avaré, Arandu, Cerqueira César, Itaí, Itatinga, Paranapanema e Taquarituba emitiram nota de repúdio contra a CTG Brasil, que administra o reservatório

Da Redação

Os prefeitos de Avaré, Arandu, Cerqueira César, Itaí, Itatinga, Paranapanema e Taquarituba emitiram nota de repúdio contra a CTG Brasil, empresa que administra a hidrelétrica na Represa Jurumirim.

O motivo é o baixo nível da bacia. A informação é da Secretaria da Comunicação de Avaré. O Fora de Pauta não teve acesso ao documento original emitido na sexta-feira, 21.  

Segundo o informado, os signatários responsabilizam a empresa pelos “aparentes danos ambientais” causados pela alta vazão do reservatório.

“A redução do volume da represa impacta diretamente no desenvolvimento regional, pois atinge as atrações turísticas que têm relação direta com os recursos hídricos que integram a bacia de Jurumirim”, diz um trecho.

A Secretaria do Meio Ambiente de Avaré afirma ainda que a concessionária vem baixando o nível da represa “para atender a uma crescente demanda de produção das demais usinas instaladas ao longo do Rio Paranapanema”.

O documento assinado em conjunto será enviado ao Ministério do Meio Ambiente, Agência Nacional de Águas (ANA), Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e ao Ministério Público Federal para eventuais providências.

Outro lado

Questionada sobre o assunto, a CTG Brasil afirmou que ainda não foi notificada, mas apontou que a situação do reservatório é considerada normal para a operação e para essa época do ano.

A empresa também negou a existência de danos ambientais. “A vazão não traz prejuízos à fauna aquática presente na jusante da usina e o nível do reservatório não afeta a ictiofauna (peixes) da região”.

“Vale salientar” – continua a concessionária – “que a Usina Hidrelétrica Jurumirim integra o Sistema Interligado Nacional (SIN) e sua operação, conforme procedimentos aprovados pela ANEEL, é coordenada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) em termos de produção de energia elétrica, controle do nível do reservatório e abertura de comportas do vertedouro. Essa operação leva em consideração, além do uso múltiplo do reservatório, os níveis dos demais reservatórios do SIN”, conclui.

3 thoughts on “Municípios associam baixa na Jurumirim a dano ambiental e prejuízo ao turismo regional

  • Carlos Augusto

    Como podem dizer que não afeta os peixes e o ecossistema como um todo? se não existe se quer um monitoramento adequado para se afirmar isso! E outra coisa, se a represa esta hoje no período das águas com menos de 13% do nível, aonde vai estar no período de seca? Gestão totalmente irresponsável, tanto da CTG (chineses) quanto da ONS, os prejuízos a fauna local já estão sendo notados por quem conhece o local, sem contar as atividades turísticas e a navegação que já foram severamente impactados.

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  • José Carlos Gomes

    “mas apontou que a situação do reservatório é considerada normal para a operação e para essa época do ano”
    Alguém acredita nisso? Essa frase acima mostra como os novos concessionários do reservatório ou mentem ou não sabem do que estão falando. Nos últimos 15 anos a última baixa dessa magnitude (abaixo da cota 562 metros, quando se está próximo da maioria dos tocos) ocorreu uma única vez em 2014.

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  • José Carlos Gomes

    Está aí o resultado de começar a entregar o país aos chineses. Acham que eles tem o menor respeito pelo meio ambiente? na china eles não tem. Muito menos aqui. O negócio deles é soltar o máximo de água para faturar o máximo no menor espaço de tempo. Infelizmente estragamos um dos últimos paraísos do estado de SP por esses caras que não tem o menor compromisso com o Brasil….

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