Teatro do Absurdo é tema de curso no Centro Cultural de Avaré
Surgida no pós-guerra, vertente une a comicidade ao sentimento de desolação e de perda de referências do homem contemporâneo
DA REDAÇÃO
O Teatro do Absurdo é tema de um curso que tem início na terça-feira, 8 de agosto, às 19 horas, no Centro Cultural Esther Pires Novaes, em Avaré.
A proposta é levar pessoas ligadas ao meio a fazer uma exploração pela vertente. “É uma modalidade que surge no pós-guerra e retrata o absurdo do homem e do mundo através da quebra da linguagem e do nexo. O absurdo da peça reflete o absurdo da vida”, explica o professor Rafael Montanha.
O curso terá duração de 6 meses e é dividido em jogos teatrais e aulas de interpretação. Está prevista a montagem de duas produções clássicas, uma estrangeira e outra nacional.
O curso será ministrado às terças e quintas das 19 às 21 horas, além dos dias extras para ensaio.
O Teatro do Absurdo é uma expressão cunhada pelo crítico inglês Martin Esslin (1918 – 2002) no fim da década de 1950 para abarcar peças que, surgidas no pós-Segunda Guerra Mundial, tratam da atmosfera de desolação, solidão e incomunicabilidade do homem moderno por meio de traços estilísticos e temas que divergem radicalmente da dramaturgia tradicional realista.
Assim, se a dramaturgia tradicional tem histórias habilmente construídas, o Teatro do Absurdo conta com peças muitas vezes quase sem enredo, que se utilizam de situações gerais que giram em círculos, um amontoado de acontecimentos insólitos e personagens cuja construção dificilmente se adequa à psicologia dos personagens realistas.