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Enfermeiro é surpreendido por bandido quando fazia live de roubo a banco: ‘Desliga o celular e vai dormir’

Alexandre Martins fazia transmissão ao vivo do crime quando foi surpreendido por um dos criminosos.  Grupo roubou agência bancária, atirou contra base da PM e fez seis reféns na madrugada de sábado em Ourinhos

Por Júlia Martins

G1 Bauru e Marília

Um enfermeiro que estava de plantão na madrugada de sábado, 2 de maio, transmitiu ao vivo, no Facebook, a ação criminosa de uma quadrilha assaltou uma agência do Banco do Brasil em Ourinhos .

Após alguns minutos de transmissão, no entanto, ele foi surpreendido por um dos bandidos e teve que parar de gravar com o celular. “Desliga esse celular aí. E vai dormir”, manda o assaltante.

Veja o vídeo no link https://g1.globo.com/sp/bauru-marilia/noticia/2020/05/03/enfermeiro-e-surpreendido-por-bandido-quando-fazia-live-de-roubo-a-banco-desliga-o-celular-e-vai-dormir.ghtml.

Antes de parar a transmissão, o enfermeiro ainda fala sobre o susto que levou. “Amados, o homem me pegou com o celular aqui. Tô ferrado. Minha sorte é que ele não atirou na minha cabeça”, diz ele, enquanto são ouvidos barulhos de tiros ao longe.

Ao G1, Alexandre Martins contou que estava trabalhando no hospital de campanha da cidade – que atende pacientes com Covid-19 – quando ouviu o barulho de explosões. “Achei que eram fogos de artifício, então fui até a janela para pedir silêncio, por causa dos pacientes”, diz.

Ao chegar à janela, Alexandre se deu conta que os barulhos eram provocados por uma quadrilha fortemente armada que estava roubando uma agência bancária, com metralhadoras e explosivos.

“Vi um rapaz sem camisa no meio da rua que estava sendo mantido refém. No começo, eram poucos disparos, mas depois aumentou”, conta.

No vídeo publicado pelo enfermeiro nas redes sociais é possível ver o refém sem camisa, no meio da rua, com os braços para cima. Dois dos criminosos apontam armas para ele.

Além de mostrar o morador que foi feito refém, no vídeo é possível ouvir várias vezes disparos de armas de fogo. Depois de 12 minutos de transmissão ao vivo, um integrante da quadrilha flagra o enfermeiro com o celular.

“Eu estava gravando e um deles veio por trás, no sentido oposto ao que eu estava olhando. Ele me disse: ‘vai dormir’. Na hora, já entrei na sala novamente e fui me esconder”, contou ao G1.

Explosões e tiroteio

De acordo com a PM, pelo menos 40 homens fortemente armados participaram do roubo. Eles cercaram as bases policiais e atiraram contra um posto no centro da cidade, que ficou destruído.

A ação durou cerca de três horas. Seis pessoas foram feitas reféns, sendo dois seguranças e quatro moradores. Uma vítima chegou a ser baleada na perna, mas foi socorrida e não corre riscos. Outro refém foi colocado no teto de um carro para servir de escudo humano no comboio de veículos usados pela quadrilha na ação.

A polícia foi acionada e houve confronto com os criminosos. Segundo a corporação, os criminosos usaram drones para monitorar a chegada da PM e estavam com armas com capacidade para derrubar helicópteros. Parte do bando conseguiu fugir em direção ao Paraná.

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