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Confira um balanço do que rolou no workshop “Caminhos do Rock”

Evento que contou com participação de palestrantes que são referência no estilo foi encerrado com uma histórica jam session com a banda avareense Medicine Jars

Flávio Mantovani

“Avaré viu e ouviu primeiro”. A expressão cunhada pelo musicólogo Zuza Homem de Mello se refere ao caráter pioneiro da Feira Avareense da Música Popular (Fampop), um dos festivais de MPB mais tradicionais do país.

Avaré também viu e ouviu primeiro no caso do rock, provando que continua sendo referência quando o assunto é música.

A cidade foi palco no sábado, 6, da primeira edição do workshop “Caminhos do Rock”, que reuniu diversos especialistas. O projeto irá circular por outras cidades de São Paulo.

Músicos e fãs do gênero musical puderam acompanhar a exposição de convidados de peso que abordaram o estilo sob diferentes enfoques.

Palestrantes

Ex-integrante da banda Made In Brazil, o guitarrista Daniel Gerber abriu o evento falando sobre a profissionalização de artistas.

Já o músico Pepe Bueno destacou a importância do audiovisual para as bandas. Apresentadora do Crash TV, Kaká Schwartzmann deu uma consultoria completa para quem quer se estabelecer no cenário roqueiro.

O radialista Paul Martins, por sua vez, abordou o trabalho de prospecção de novas bandas de rock na Kiss FM, referência no gênero. Declarou-se impressionado com o conservadorismo exibido por roqueiros nas últimas eleições, nada mais longe – segundo ele – da origem contestatória do estilo musical.

O polêmico crítico musical Regis Tadeu falou sobre bastidores do mercado, não sem antes reiterar seus desaforos contra o Coldplay e a geração atual chamada por ele de “floco de neve”.

O tecladista Mário Testoni, integrante da Casa das Máquinas, outra lendária banda de rock brasileira surgida nos anos 70, discorreu sobre o tema “Vivência Musical”, alternando carreira e trajetória pessoal. Terminou sua exposição dizendo que o workshop deveria se chamar “Caminhos do Rock e da Vida”. Foi aplaudido.

Em seguida, os três comunicadores do grupo – Regis, Kaká e Paul – bateram mais um papo com o público.

“Pudemos aprender muito com as dicas e os músicos avareenses criaram uma grande rede de contatos que esperamos consolidar e expandir”, afirma Ricardo Fusco, que articulou a vinda do evento para Avaré.

“A proposta agora é trazer mais eventos da Associação Cultural do Rock (ACR) e levar bandas daqui pra tocar na capital”, continua.

Jam session histórica

Após uma tarde com muita troca de informações entre palestrantes e plateia, a banda avareense Medicine Jars subiu ao palco para encerrar o evento.

Formado por Dárcio Bortoloso (vocal e teclado), Marco Vieira (guitarra), Luiz Daniel (bateria) e Bruno Fidêncio (baixo), o grupo é especializado em repertório lado B.

A apresentação contou com uma jam session histórica. O tecladista Mário Testoni fez uma apresentação especial em “Lar de Maravilhas” (Casa das Máquinas). “Uma honra, cara”, afirmou Bortoloso ao Fora de Pauta. “Minhas pernas estão tremendo até agora”.

Outros palestrantes subiram ao palco do Centro Cultural para a execução de “Uma Banda Made In Brazil”, que fechou a programação.

Testoni permaneceu nos teclados. Pepe Bueno assumiu o baixo, Daniel Gerber tocou guitarra e Regis Tadeu comandou as baquetas. Quem viu, viu. Antológico.

O workshop “Caminhos do Rock” é uma realização do Instituto Felicidade, com apoio da Secretaria Municipal de Cultura, Governo do Estado de São Paulo e ACR.

Confira mais fotos no link no https://is.gd/mZFgAm

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