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Começa em Avaré o Ano do Escultor Fausto Mazzola

Período é instituído por lei para lembrar o centenário do artista responsável pela repaginação do espaço público do município

Da Redação

Por unanimidade, a Câmara de Avaré aprovou na segunda-feira, 26, um projeto de lei do prefeito Jô Silvestre que institui no município o “Ano do Escultor Fausto Mazzola”.

O objetivo é comemorar os 100 anos do nascimento do célebre artista plástico, autor dos principais monumentos públicos de Avaré, entre elas esculturas, bustos e efígies.

A iniciativa partiu da Secretaria Municipal da Cultura, que assumirá a coordenação das atividades comemorativas. “Vamos homenagear o professor Mazzola, cuja obra artística remodelou o paisagismo urbano e encheu Avaré de muita arte. Ele foi um grande escultor e merece ter a sua obra conhecida, sobretudo, pelos nossos estudantes”, declarou o secretário da Cultura Diego Beraldo.

Uma comissão será composta por meio de decreto do Executivo e integrada por representantes das Secretarias da Cultura, da Educação e do Turismo, bem como por instituições escolares interessadas, como a Escola Técnica Estadual (Etec) “Professor Fausto Mazzola”, para organizar o cronograma de atividades desse ano comemorativo.

Em especial, o “Ano do Escultor Fausto Mazzola” terá ênfase no mês de setembro, quando o mesmo será tema do desfile festivo do aniversário da cidade, uma vez que a data do centenário do homenageado transcorre no dia 30 de setembro de 2018.

 O artista

Paulistano, Fausto Mazzola trabalhou em Avaré entre os anos de 1958 e 1962, quando foi diretor do Colégio Artesanal Jânio Quadros (atual Escola Estadual Paulo de Araújo Novaes). Estudou Escultura na Escola de Belas Artes de São Paulo e também lá frequentou o Liceu de Artes e Ofícios, quando ajudou na ornamentação da Catedral da Sé.

Segundo o pesquisador Gesiel Júnior, Mazzola produziu bustos, medalhões e esculturas para mais de 30 cidades e por isso recebeu prêmios importantes.

São de sua autoria, em Avaré, os monumentos “Cristo em Ascensão” (Largo Santa Cruz), “Relógio de Sol” (Praça Juca Novaes), “O Desbravador” (Praça Prefeito Romeu Bretas) e o “Monumento ao Pracinha” e a “Fonte das Artes”, ambos no Largo São João.

Também esculpiu os bustos do coronel João Cruz, do monsenhor Celso Ferreira e do governador Abreu Sodré, as efígies do cartorário Juca Novaes, do prefeito Fernando Cruz Pimentel e do industrial Werner Jost, além de ter feito os desenhos modelados em pedras portuguesas nos pisos do Largo São Benedito e da Concha Acústica.

“O professor Mazzola nada cobrou pela execução de suas obras, todas concretizadas em volumes e formas que marcam o cenário urbano”, garantiu Gesiel.

Contemplado em 1959 com o título de Cidadão Avareense, o escultor morreu em Campinas, aos 85 anos, em 21 de abril de 2004. Em 2012 o governo estadual deu seu nome à Escola Técnica Estadual (Etec).

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