Museu inaugura mostra de artista que ilustrou primeiro livro sobre história de Avaré
Bicos de pena de Augusto Esteves (foto) estão na obra “Um pouco da história do Avaré, outrora Rio Novo”, de Jango Pires
Da Redação
Autor de um dos mais preciosos acervos de ilustrações científicas do Brasil, o desenhista, poeta e ceroplasta paranaense Augusto Esteves (1891-1966), que passou sua infância em Avaré, tem aspectos de sua vasta obra – em especial seus desenhos feitos em bico de pena – exposta numa mostra organizada pelo Museu Municipal “Anita Ferreira De Maria”, em Avaré.
Esteves projetou-se como desenhista ceroplasta da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), atuando junto às cadeiras de Dermatologia, Sifiligrafia e Medicina Legal.
Seus trabalhos, admiráveis, foram levados para a Universidade de Coimbra, Portugal, e para o Colégio Internacional de Cirurgiões, de Chicago (EUA).
Sua obra artística inclui óleos, aquarelas, pergaminhos luminosos, desenhos murais, ilustrações de livros, jornais e revistas, máscaras mortuárias e, principalmente, peças em cera (anatômicas, lesões, úlceras, animais e pranchas didáticas) de grande interesse científico.
“O artista desenhava com um bico de pena entintado de nanquim. Felizmente conseguimos resgatar uma série desses trabalhos, muitas das peças cedidas gentilmente pelo colecionador Gilberto Tenor”, adianta o professor Gesiel Neto, diretor do Museu.
Augusto Esteves foi casado com Alvarina, filha do médico Vital Brazil, com quem teve seis filhas. Visitava com frequência os familiares em Avaré e ilustrou com bicos de pena o livro “Um pouco da história do Avaré, outrora Rio Novo”, de Jango Pires, editado na década de 1950.
É autor do óleo sobre tela “O sonho do Major”, que está no Museu. Em novembro de 1961, pelos serviços prestados à cultura, à ciência e à arte, ele recebeu da Câmara de Vereadores o título de “Cidadão Avareense”.
A exposição será aberta nesta segunda-feira, 4 de fevereiro, e poderá ser visitada gratuitamente até o final do mês, de segunda a sexta-feira, das 8h ao meio-dia e das 13h às 17h, no Centro Avareense de Integração Cultural (Caic).
Caros amigos
Sou neta de Augusto Esteves e li, com emoção, esta excelente matéria sobre ele. Parabéns!
Gostaria de imprimi-la, para mostrar às duas filhas ainda vivas, que estão com problemas de visão. Elas ficarão emocionadas.
Por favor, é possível liberar a matéria para ser impressa?
Desde já, agradeço muito sua atenção.
Abraços
Marta Esteves de Almeida Gil