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Retrospectiva: cultura de Avaré perdeu importantes figuras em 2018

Morte do poeta Cláudio Cortez e da aquarelista Estela Gambini, entre outros, marcaram período que se encerra    

Da Redação

O balanço é estarrecedor: em 2018, Avaré perdeu figuras que contribuíram para o desenvolvimento da cultura local. Parte a pessoa, mas felizmente fica a obra.   

As baixas começaram com a morte do jornalista Ferdinand Ramos Padredi em março. Ele foi diretor-superintendente do “O Avaré”, jornal mantido por sua família durante meio século.

Em 1979, Ferdinand abriu a primeira emissora de frequência modulada do município. Depois de vender “O Avaré” em 1985, o jornalista editou o semanário “O Panorama”, de breve circulação. Em 1999, já aposentado, Padredi criou o primeiro jornal virtual da região: o “Avaré News”.

O radialista Clóvis Guerra (foto) morreu em agosto. O comunicador fez carreira na Rádio Avaré, a mais antiga da cidade, deixando sua assinatura no jornalismo esportivo.  

Também foi um apaixonado por música. Fez parte do grupo que idealizou a Feira Avareense da Música Popular (Fampop). Carismático, Guerra ficou conhecido como “a voz” do festival do qual foi o apresentador durante várias edições.    

O ano que se encerra levou ainda o cientista Antônio Carlos de Almeida Ferreira e o bailarino Rogério Alencar Caserta.

Já a aquarelista Estela Gambini faleceu no início de dezembro. A artista expôs em diversos salões em São Paulo e até no Peru.

“A mais importante mostra individual de Estela, montada em 1986, teve lugar no Teatro Maria Della Costa, em São Paulo, a convite da atriz, sua amiga, tendo na ocasião reunido trabalhos executados em Paraty”, relembrou o pesquisador Gesiel Júnior.

Quando os avareenses achavam que 2018 terminaria sem mais surpresas negativas, a cultura local sofreu outro baque: a partida do poeta Cláudio Cortez.

Há meio século, ele assinava o seu único livro: Em Silêncio de Estrelas. Contudo, a atividade cultural permeou toda sua existência e legou ao município importantes frutos.  

“Cortez no nome e na essência, Cláudio empregou seu talento como servidor da Prefeitura, tendo se aposentado em 1996, quando exercera o cargo de secretário municipal da Cultura e, então, havia entregue uma obra marcante para Avaré: o seu Teatro Municipal”, pontuou Gesiel em seu obituário. 

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