Internautas contestam justificativa oficial para corte da “Árvore Delegada”
Secretaria Municipal do Meio Ambiente alegou que jacarandá-minoso está “parcialmente morto”; munícipes ressaltam aspecto aparentemente saudável da planta
Da Redação
Avareenses utilizaram a internet para contestar a decisão da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de cortar o jacarandá-mimoso conhecido como “Árvore Delegada”.
A pasta anunciou que o exemplar localizado no imóvel da Polícia Civil, na região central de Avaré, será cortado no sábado, 21. Segundo o secretário Judésio Borges, a árvore está “parcialmente morta” e será suprimida para evitar “danos e acidentes”.
A justificativa do titular, no entanto, não convenceu os internautas. O aspecto aparentemente saudável da espécie foi evocado por munícipes contrários ao corte da planta que ganhou o apelido graças a uma crônica do radialista Elias de Almeida Ward.
“Não sou agrônomo, botânico ou outro especialista, mas essa grande árvore (um jacarandá-mimoso cheio de verde e com visíveis galhos brotando) que será retirada no final de semana não me parece nenhum pouco “parcialmente morta”. Uma pena”, resumiu Maurício Bruno Damião. Comentários com teor semelhante circularam pela rede durante todo o dia.
A opção da municipalidade pela decisão radical sem supostamente considerar antes uma solução alternativa também foi questionada.
“Se este governo não sabe, existe tratamento para recuperar árvores centenárias. Prefeituras de Limeira e Rio Claro já investiram nesse tipo de tratamento, além é claro de cidades de outros países. O senhor secretário de Meio Ambiente deveria investir nisso ao invés de simplesmente derrubar a árvore. Ainda mais quando se tratam de um símbolo histórico da cidade”, contestou a internauta Laura Franzolin.
Outro lado
Em entrevista ao Fora de Pauta, o secretário Judésio Borges afirmou que a opção tem amparo legal. Segundo ele, os laudos que atestam a existência de riscos a munícipes estão disponíveis na Secretaria Municipal do Meio Ambiente.
“Não é uma decisão minha, e sim de um colegiado de técnicos. Por mais ambientalista que eu seja, preservo a vida humana. Criticar é fácil. Difícil é ter responsabilidade e competência para tomar decisões em prol da vida”, concluiu.