“Fake news devia dar cadeia”, ruge o “leão” Gilberto Barros
Apresentador, que ministrou palestra em Avaré a estudantes de jornalismo e publicidade, foi atração na sétima Semana da Comunicação promovida pela Eduvale
Da Redação
Em exposição a alunos de jornalismo e publicidade, o apresentador Gilberto Barros, que comandou diversos programas na televisão aberta, defendeu a prisão para partidários de fake news, termo utilizado para se referir à veiculação de notícias falsas.
“Cana. Fake news devia dar cadeia”, provocou o comunicador, conhecido como “Leão”. Barros esteve na Câmara de Avaré na noite de quarta-feira, 23 de maio, como convidado da sétima edição da Semana da Comunicação promovida pela Faculdade Eduvale.
Docentes, dirigentes da instituição de ensino superior e convidados, entre eles a secretária-adjunta da Cultura de São Paulo Patrícia Penna, participaram da apresentação aberta ao público, cujo tema foi comunicação popular.
“Bomba de nêutrons”
Gilberto Barros, contudo, classificou a internet como o “maior e mais fantástico meio de comunicação” já inventado pelo homem.
“É uma bomba de nêutrons. Não usamos nem 1% do poder que a ela tem. Portanto, cabe a vocês a responsabilidade de fazer com que a informação chegue correta ao público”, disse aos futuros comunicadores.
Misturando bom humor, coloquialismo e interação com o público, Barros, que é adepto de práticas por vezes criticadas como popularescas, afirmou que “ser popular não é demérito”.
“A comunicação tem que ser popular. Se você pode atingir um milhão e chega só a 100 pessoas, você é um bosta”, brincou o convidado.
Alberto Dines
O jornalista Alberto Dines, morto na terça-feira, 22, foi lembrado na abertura. “Uma pequena homenagem a esse profissional que foi exemplo de ética e dignidade no jornalismo”, ressaltou Cláudio Mansur Salomão, presidente-mantenedor da Faculdade Eduvale e vice-presidente da Associação Paulista de Imprensa (API).
Um dos profissionais mais importantes do país, Dines atuou em vários veículos, foi editor-chefe do Jornal do Brasil e criador do Observatório da Imprensa, o primeiro projeto de crítica de mídia do país.